O Fórum de Pequenas e Médias Firmas de Auditoria foi realizado pelo CRCSP em parceria com o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) 5ª Seção Regional, no dia 30 de agosto de 2018, na sede do Conselho. Além de reunir profissionais da área, o evento foi transmitido ao vivo pela internet.

“A auditoria independente pode contribuir para sanar os negócios de qualquer tipo e tamanho e deve ser incentivada porque ajuda a identificar fatores de risco, falhas e inconsistências”, declarou a presidente do CRCSP, Marcia Ruiz Alcazar, na abertura do evento. “Estamos honrados em fazer parte deste Fórum de Pequenas e Médias Firmas de Auditoria pelos relevantes temas que serão discutidos e pelo seu objetivo de apresentar propostas e um plano de ação”, completou.

Realizado ao longo do dia, o fórum foi estruturado em quatro painéis, com especialistas. “Principais desafios para as Pequenas e Médias Firmas e o que Fazer para Superá-los” foi o primeiro tema abordado pela diretora de Firmas de Auditoria das PMEs do Ibracon – Órgão Nacional, Mônica Foerster, e pelo conselheiro do CRCSP Marcelo Gomes de Barros, sob a coordenação do vice-presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Reynaldo Pereira Lima Júnior.

O coordenador do segundo painel foi o presidente da 5ª Seção Regional do Ibracon, Carlos Pires, que ressaltou a importância de iniciativas como este fórum e da necessidade de o profissional de auditoria manter-se atualizado. “Precisamos fazer a diferença. O ativo mais valioso que nós, auditores, possuímos é a credibilidade. Temos que trabalhar para mantê-la e aumentá-la”, afirmou.

A coordenadora do Núcleo Jovem do Sescon-SP, Ana Maria Galloro Laporta, e o diretor de Desenvolvimento Profissional do Ibracon – 2ª Seção Regional, Marcelo Guerra, abordaram o tema “Identificação de Oportunidades de Aumento do Mercado de Serviços e o que Fazer para Alcançá-las”.

O papel das entidades

Dando continuidade aos trabalhos no período da tarde, a presidente do CRCSP coordenou o painel “O que Acreditamos que as Entidades Podem Fazer pelas PMFs”. Os palestrantes foram o vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRCSP, José Aparecido Maion, e o coordenador do Comitê Administrador do Programa de Revisão Externa de Qualidade (CRE), Rogério Rokembach.

Rokembach frisou a relevância de eventos como o fórum, no qual se discutem não só aspectos técnicos da profissão, mas também os mercadológicos e o papel das entidades. “Elas fazem muito e nós, auditores, pouco”, declarou e deu como exemplo a baixa participação dos profissionais nas audiências públicas que tratam de assuntos relacionados ao dia a dia da profissão.

A presidente Marcia concordou com esse ponto, lembrando que a profissão contábil é uma das poucas no país que exige a educação continuada por meio de um programa de pontuação.

Os coordenadores dos painéis Reynaldo Pereira, Carlos Pires e a Marcia apresentaram algumas conclusões a respeito do que foi apresentado durante o evento. “Este debate é rico e pertinente”, reiterou Carlos Pires.

As propostas apresentadas abordaram a questão regulatória, como a inclusão do termo “auditor” no artigo 25 do Decreto-Lei n.º 9.295/1946, que regulamenta a profissão contábil, e o registro específico nos conselhos. O incentivo e a promoção de startups de tecnologia para o desenvolvimento de sistemas, o fomento a programas de qualidade e a valorização da categoria foram outros pontos levantados.

Considerações

Falando como representante do board da Federação Internacional de Contadores (Ifac – International Federation of Accountants), o vice-presidente Técnico do CFC, Idésio Coelho, apresentou um panorama global da auditoria, enfatizando que o processo de internacionalização das normas na área é irreversível.

O vice-presidente Administrativo da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Wilson Gimenez, ressaltou a missão da entidade no empoderamento das entidades do sistema Fenacon oferecendo capacitação aos colaboradores e dirigentes em busca de soluções para o dia a dia.

O presidente do Ibracon – Órgão Nacional, Francisco Antônio Maldonado Sant’Anna, apresentou as ações da entidade em prol das pequenas e médias firmas de auditoria como a educação continuada e a criação de um grupo de trabalho focado nas dificuldades e necessidades dessas firmas.

O presidente do CFC, Zulmir Ivânio Breda, também enfatizou a validade da educação continuada para os auditores, assim como para todos os profissionais da contabilidade. Zulmir falou sobre a atuação pela valorização dos cadastros dos profissionais da área contábil para que sejam reconhecidos cada vez mais como diferenciais no mercado.

Propostas

Segue a lista de algumas conclusões propositivas elaboradas durante o evento e apresentadas pelo presidente do CFC:

- capacitação e retenção de talentos;

- melhoria da qualidade de ensino;

- ampliação do Programa de Educação Profissional Continuada;

- reconhecimento dos cadastros de qualificação técnica como o Cadastro Nacional de Auditores Independentes (Cnai), do CFC;

- canal de recebimento de denúncias de cerceamento de atividades de auditoria;

- criação do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;

- melhoria do ambiente regulatório da profissão

Encerrando o fórum, o vice-presidente Maion agradeceu a todos pela participação e destacou os elogios recebidos pelo formato do evento, com transmissão ao vivo via internet.