Criado pelo ex-secretário da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em 2000, o Pacto Global da ONU tem como objetivo encorajar o diálogo entre empresas, governos e sociedade civil aproximando-os pela busca do desenvolvimento de um mercado global mais justo, inclusivo e sustentável.
As diretrizes da iniciativa foram pensadas para serem aplicadas universalmente e atender diferentes setores da economia, independente da nacionalidade da organização. Considerada a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, o Pacto é composto atualmente por mais de 11 mil companhias de 156 países diferentes.
O termo ESG foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial chamada Who Cares Wins, em 2004. ESG, que na sigla em inglês quer dizer environmental, social and governance, corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.
O termo surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. O entendimento e a aplicabilidade de critérios ESG pelas empresas brasileiras é, cada vez mais, uma realidade. Atuar de acordo com padrões ESG amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou no exterior.
“É muito importante que cada vez mais as empresas sigam os princípios do Pacto Global”, afirmou o presidente do CRCSP, José Donizete Valentina. “Nossa gestão, especialmente neste momento de pandemia, está cumprindo rigorosamente e divulgando os 10 Princípios Universais para que todas as empresas se integrem aos fatores ESG e contribuam para a sustentabilidade das empresas e da economia e, consequentemente, para um mundo melhor”.
Os 10 Princípios Universais
O Pacto é um convite para empresas alinharem seus processos aos 10 Princípios Universais que passam pelas áreas de Direitos Humanos, Direitos do Trabalho, Proteção Ambiental e Anticorrupção.
Derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, os Princípios buscam incentivar as empresas a desenvolverem ações que contribuam com o enfrentamento dos desafios socioambientais em sua esfera de influência.
Princípios de Direitos Humanos
1 - Respeitar e proteger os direitos humanos reconhecidos internacionalmente;
2 - Impedir e não participar de violações de direitos humanos;
Princípios de Direitos do Trabalho
3- Defender a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;
4- Eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;
5- Erradicar efetivamente o trabalho infantil;
6- Eliminar a discriminação no emprego e na ocupação;
Princípios de Proteção Ambiental
7 - Apoiar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais;
8 - Assumir iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental;
9 - Encorajar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente sustentáveis;
Princípios de Anticorrupção
10 - Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.