CRCSP apoia campanha do Setembro Amarelo, mês da prevenção do suicídio

Publicado em 9/9/2021

O CRCSP, por meio da Comissão CRCSP Social, apoia a campanha Setembro Amarelo, de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. O coordenador da comissão, conselheiro José Augusto Picão, acha muito importante a divulgação dessa campanha. “Precisamos estimular que todos busquem informações, procurem ajuda e conversem sobre suas emoções”.

A Comissão CRCSP Social está também fazendo um trabalho de divulgação do Centro de Valorização da Vida (CVV), que tem um trabalho sobre o tema e pode ajudar pelo telefone 188, número de apoio para todo o território nacional. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio. Ou seja, em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem a vida desta maneira. Dados levantados em 2016 pela Instituição apontam que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens da idade de 15 a 29 anos.

A proposta do Setembro Amarelo é quebrar os tabus que envolvem esse tema, conscientizando as pessoas através de debates e campanhas voltadas ao assunto. Iniciada no Brasil em 2015, a campanha brasileira de prevenção ao suicídio busca popularizar a discussão tornando assim mais fácil identificar os sinais de alerta incentivando a prevenção.

Como surgiu?

O Setembro Amarelo surgiu nos Estados Unidos em 1994, ano em que Mike Emme cometeu suicido com apenas 17 anos. Era um jovem conhecido pela sua personalidade carinhosa e habilidades em mecânica tendo como sua marca um Mustang 68 que ele mesmo restaurou e pintou de amarelo. Infelizmente nem a família, nem os amigos perceberam os sinais de que ele pretendia tirar a sua vida.

No dia de seu funeral, seus amigos confeccionaram uma cesta de cartões e fitas amarelas com a mensagem ‘’Se precisar, peça ajuda’. A ação ganhou grandes proporções e expandiu-se pelo país.

Depois desse dia, vários jovens começaram a usar cartões amarelos para ajudar pessoas próximas. A fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda.

Em 2003, a Organização Mundial de Saúde instituiu o dia 10 de setembro para ser o dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. O amarelo do Mustang do Mike é a cor escolhida para representar essa campanha.

Setembro Amarelo no Brasil

O projeto é um trabalho conjunto do CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.

O objetivo é dar mais visibilidade à causa, conscientizando sobre a prevenção. Ao longo dos últimos anos, escola, universidades, entidades do setor público e privado e a população em geral se envolveram neste movimento. Participaram da campanha: Monumentos como Cristo Redentor (RJ), o Congresso Nacional e o Palácio Itamaraty (DF), o Estádio da Beira Rio (RS) e o Elevador Lacerda (BA).

Fatores que aumentam o risco de suicídios

Os pensamentos suicidas podem acontecer em pessoas de qualquer faixa etária seja criança até o idoso, gênero e classe social. Porém, alguns fatores podem ampliar os riscos.

Um dos primeiros alertas é quando a pessoa apresenta quadros de depressão, transtorno bipolar, ansiedade e esquizofrenia. Casos de abuso de drogas e bebidas alcoólicas também requer atenção.

Alguns estudos indicam que há prevalência de suicídios em pessoas acima de 65 anos. Idosos podem sofrem com a solidão, sentimentos de incapacidade e falta de perspectiva do futuro, levando a ideias suicidas.

Problemas financeiros podem ser também fatores de risco. Há o grau de hereditariedade, em que a ciência não conseguiu mensurar até o momento.

O apoio profissional é muito importante para superar uma fase difícil ou receber o diagnóstico correto para um tratamento efetivo. Psicólogos e psiquiatras são profissionais que podem ajudar. O psicólogo pode ajudar a lidar com as angústias e desenvolver ferramentas para superá-las. Enquanto o psiquiatra pode indicar o tratamento medicamentoso para combater sintomas depressivos.

No ano passado, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a variação da taxa de suicídios no Brasil foi apenas 0,4% em relação a 2019, somando quase 13 mil mortes. Os estados de maior número foram São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre.