CRCSP apoia a campanha Julho Amarelo, mês de luta contra as hepatites virais

Publicado em 28/6/2024

Em 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais e, para alertar as pessoas sobre os riscos destas doenças e como preveni-las, foi lançada a campanha Julho Amarelo. Oficializada no Brasil pela Lei n.º 13.802/2019, a campanha Julho Amarelo tem como principal foco a conscientização sobre as hepatites e incentivar a população a se vacinar, realizar exames e buscar tratamento médico, evitando assim a transmissão da doença.

As hepatites constituem inflamações do fígado por motivos diversos, sendo mais comuns as causadas por infecções virais. Classificadas nos tipos A, B, C, D e E, as hepatites virais requerem atenção especial no diagnóstico e na prevenção, pois são de difícil detecção inicial e, caso não tratadas ou tratadas tardiamente, podem trazer sérias complicações para a saúde, podendo levar a óbito.

No Brasil, as ocorrências mais comuns de hepatite são do tipo A, B e C, sendo que há vacina para as duas primeiras. Não há cura para as hepatites B e D, mas há tratamento para evitar a progressão da doença e suas complicações. Para a hepatite C não existe vacina, mas existe cura, com o tratamento adequado.

De acordo com o Boletim Epidemiológico 2023 do Ministério da Saúde, foram identificados entre 2000 e 2022 750.651 novos casos confirmados de hepatites virais no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). No mesmo período, foram identificados 85.486 óbitos por causas associadas às hepatites, dos quais 21% referem-se à hepatite do tipo B e 76% à hepatite C.

Entre as principais complicações causadas pelas hepatites estão cansaço excessivo, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, comichão, urina escura e fezes claras. Estes sintomas, no entanto, podem evoluir para casos crônicos, falência hepática (quando o fígado deixa de funcionar) e cirrose, podendo levar a óbito.

As formas de transmissão variam entre os tipos A, B, C, D e E, sendo as mais comuns o contato com pessoas infectadas e o consumo de água ou alimentos contaminados (especialmente nos tipos A e E), através de relação sexual desprotegida ou contato com sangue contaminado pelo compartilhamento de seringas, alicates ou outros objetos perfurocortantes (formas de transmissão mais frequentes nos tipos B, C e D).

Um dos grandes desafios para o controle e erradicação da hepatite é o fato de a maioria das pessoas acometidas pela hepatite não ter conhecimento da doença, dada a ausência de sintomas claramente identificáveis nas fases iniciais.

O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza gratuitamente o diagnóstico e tratamento das hepatites B e C e a recomendação do Ministério da Saúde é que todas as pessoas com mais de 45 anos realizem o exame.